quinta-feira, 1 de julho de 2010


Cientistas desenvolvem pulmão em laboratório com células-tronco

A partir das células do tecido pulmonar de ratos, pesquisadores das universidades de Yale e Duke, Estados Unidos, desenvolveram em laboratório um pulmão que funcionou normalmente, ainda que por um período reduzido, depois de ser transplantado em um rato vivo. Levando em conta que pulmões de doadores são escassos em comparação ao número de pessoas que precisam do órgão, pois o pulmão não se regenera no organismo humano, o trabalho sugere a replicação do método para a criação de novos tecidos pulmonares. O estudofoi publicado na revista Science.

O primeiro passo dos cientistas, liderados por Thomas Petersen, do Departamento de Engenharia Biomédica da Universidade de Yale, foi retirar as células e os vasos sanguíneos pulmonares dos ratinhos, que foram deixados em um suporte com outros tecidos para que suas propriedades fossem mantidas. Em seguida, os pesquisadores inseriram no pulmão de laboratório uma mistura de células epiteliais e endoteliais, que recobre o interior dos vasos sanguíneos. Dentro de poucos dias, o novo órgão já continha alvéolos, vias aéreas e pequenos vasos sanguíneos, que foram repovoados com os tipos de células apropriadas.

Quando o pulmão foi transplantado em outros ratos, o órgão “artificial” apresentou uma estrutura elástica que funcionou como um pulmão normal. Segundo os pesquisadores, para que esse método seja válido na prática clínica, as células usadas devem ser retiradas do paciente que receberá o transplante dos tecidos, mais especificamente em forma de suas próprias células-tronco.

Em outro estudo, cientistas da Universidade de Harvard e do Hospital Infantil de Boston, também nos Estados Unidos, desenvolveram um dispositivo do tamanho de uma moeda que possui as mesmas funcionalidades dos alvéolos, as pequenas bolhas do pulmão que realizam as trocas de gases.

Isso pode contribuir para evitar a utilização de animais em pesquisas científicas, sobretudo na área de toxicologia em testes de novos medicamentos.

O dispositivo, que reproduz em um microchip a respiração pulmonar humana tanto do ponto de vista mecânico como biológico, é formado por uma membrana porosa de silicone revestida de células pulmonares. Pequenos canais permitem que o ar passe por essas membranas, fazendo com que os mesmos processos que ocorrem nos pulmões reais sejam replicados no dispositivo, como a resposta inflamatória a agentes patogênicos.

Para determinar sua eficácia, os pesquisadores testaram a resposta do dispositivo à inalação de bactérias Escherichia coli, que foram introduzidas em um de seus canais de ar. As células detectaram a bactéria e, por meio das membranas porosas, ativaram os vasos sanguíneos provocando uma resposta imune que destruiu as bactérias. Os pesquisadores estão agora trabalhando para construir dispositivos semelhantes a outros órgãos, como coração e medula óssea.

Mulheres que se submetem a métodos de fertilização in vitro com o uso de óvulos congelados têm as mesmas chances de engravidar do que aquelas que usam essas células "frescas", de acordo com um estudo divulgado durante encontro da Sociedade Europeia de Reprodução e Embriologia Humana, que acontece em Roma, na Itália.

A pesquisa, realizada pelo Instituto Valenciano de Infertilidade, ligado à Universidade de Valência, na Espanha, analisou dados de óvulos congelados por um método relativamente recente chamado vitrificação, em que essas células são congeladas rapidamente, para evitar a formação de gelo dentro do óvulo, que pode destruí-lo. As informações foram comparadas com óvulos que não passaram por congelamento e foram usados na fertilização pouco tempo após a coleta.

Entre os 600 óvulos analisados, o índice de gestações bem-sucedidas foi de 43,7% para os vitrificados e 41,7% para os frescos. Ana Cobo, pesquisadora responsável pelo estudo, diz que os resultados podem ajudar em casos como o de mulheres que precisam passar por tratamento contra o câncer, que pode causar infertilidade, e precisam preservar seus óvulos para uma futura gravidez.

– Apesar de já haver várias evidências de que esse método da vitrificação produz resultados tão bons quanto o uso de óvulos não congelados, até essa pesquisa havia falta de grandes estudos aleatórios sobre o assunto.

Antes da fertilização in vitro, que é a transferência de embriões fertilizados em laboratório para o útero, a mulher passa por um processo de estimulação dos ovários, para produzir um bom número de óvulos, que são guardados. Essas células, então, precisam ser fertilizados com o esperma de um doador e os melhores embriões produzidos são colocados no útero da futura mãe.

Quando se usa óvulos não congelados, é fundamental haver um sincronismo nesses procedimentos, o que nem sempre é possível. Com o congelamento, é possível minimizar isso, já que os óvulos são preservados durante um certo tempo.


Agora, os médicos vão analisar o desenvolvimento dos bebês nascidos após gestações provocadas por esse tipo de técnica, com o objetivo de garantir que não haja efeitos colaterais para essas crianças

Célula Animal

Célula animal é uma célula que se pode encontrar nos animais e que se distingue da célula vegetal pela ausência de parede celular e de plastos, as células animais são eucariontes

A palavra célula foi usada pela 1° vez em 1665, pelo inglês Robert Hooke (1635-1703). Com um microscópio muito simples ele observou pedaços de cortiça, e ele percebeu que ela era formada por compartimentos vazios que ele chamou de células.




Célula Animal

Desenho de uma célula
Orgânulos:
1 Nucléolo Armazena carga genética
2 Carioteca Cromossomos do DNA
3 Ribossomos Faz a síntese de Proteínas
4 Vesículas
5 Ergastoplasma ou Retículo endoplasmático rugoso (RER) Transporte de substancias ( há ribossomos grudados nele )
6 Complexo de Golgi empacotar,secretar,produzir substancias
7 Microtúbulos
8 Retículo Endoplasmático Liso Transporte de proteínas
9 Mitocôndrias Respiração celular e produção de energia
10 Vacúolo Existem em celula animal,porém são muito maiores na celula vegetal,ajuda na digestão intracelular e armazenamento de substancias
11 Citoplasma
12 Lisossomas Digestão
13 Centríolos Divisão celular

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Célula Vegetal


A célula vegetal é semelhante a célula animal mas contém algumas peculiaridades como a parede celular e os cloroplastos. Está dividida em: componentes protoplasmáticos que são um composto de organelas celulares e outras estruturas que sejam ativas no metabolismo celular. Inclui o núcleo, retículo endoplasmático, citoplasma, ribossomos, complexo de Golgi, mitocôndrias, lisossomos e plastos e componentes não protoplasmáticos são os resíduos do metabolismo celular ou substâncias de armazenamento. Inclui vacúolos, parede celular e substâncias ergástricas.


Esquema da estrutura de uma célula vegetal.
1 Vacúolo
2 Substâncias ergástricas
3 Plasto
4 Tecidos vegetais
4.1 Tecidos meristemáticos
4.2 Tecidos parenquimáticos
4.3 Tecido de revestimento
4.3.1 Epiderme
4.3.2 Periderme
4.4 Tecidos de sustentação
4.4.1 Colênquima
4.4.2 Esclerênquima
4.5 Tecidos de condução
4.5.1 Xilema
4.5.2 Floema
5 Ver também
6 Ligações externas

Como as células-tronco funcionam



Embora a medula óssea seja especialmente rica em células-tronco, estas podem ser encontradas em qualquer órgão. Quando ocorre uma pequena lesão no órgão, as células-tronco locais entram em ação e fazem os reparos necessários. É o que ocorre, por exemplo, quando a pessoa se corta: a cicatrização é fruto do trabalho das células-tronco existententes na pele. No entanto, se o órgão apresenta uma lesão extensa, as células-tronco locais não vão ser suficientes para sanar o problema. Então, as células-tronco da medula óssea talvez precisem ser recrutadas. Mas, como elas estão ancoradas em uma matriz esponjosa, poucas conseguem se soltar e migrar espontaneamente até o órgão lesado. A hipótese de Santos é a de que o uso de células-tronco para reparos no organismo é um processo natural que, no caso de lesões mais graves, precisa de um "empurrãozinho" externo.

Esse "empurrãozinho" consiste em retirar as células-tronco da medula óssea e conduzi-las até as três coronárias, no caso da doença de Chagas. "O transplante de células-tronco inicia o processo de reparo. Um mês depois, a administração do hormônio GCSF vai auxiliar esse processo já deflagrado", justifica Santos. As células-tronco vão agir no coração do chagásico porque a inflamação tem o poder de atraí-las. Se o músculo cardíaco estivesse intacto, as células-tronco não permaneceriam ali. A opção de levar as células-tronco até o mais próximo possível da área lesada se justifica porque, se elas fossem injetadas na circulação sangüínea, provavelmente ficariam retidas no baço, que funciona como uma espécie de peneira de tudo que circula no sangue.

Inicialmente, os pesquisadores pensavam que as células-tronco recuperavam o coração dos chagásicos porque se transformavam em células cardíacas e de vaso sangüíneo. Contudo, a equipe de Santos acaba de comprovar que existe outro mecanismo envolvido, além da transformação. "A célula-tronco se funde à célula doente e esta tem sua função restaurada", explica o imunologista. Santos injetou células-tronco de um camundongo macho em uma fêmea doente. Visualizou ao microscópio, no tecido em regeneração, células com dois núcleos, um de macho e outro de fêmea, o que comprova a ocorrência da fusão celular.

Já se sabe também que as células-tronco diminuem a inflamação porque produzem hormônios que induzem a morte programada das células inflamatórias. Enquanto camundongos chagásicos não-tratados têm 300 células inflamatórias por milímetro quadrado do coração, animais submetidos ao transplante de células-tronco apresentam pouco mais de 100, e esse número se mantém baixo.

A redução da fibrose, por sua vez, deve ocorrer pelo aumento da atividade de metaloproteases que dissolvem o colágeno e, conseqüentemente, destroem a cicatriz fibrosa. Em camundongos chagásicos, o percentual de fibrose por milímetro quadrado do coração cai de cerca de 30% para pouco menos de 10%, após o tratamento com células-tronco.

A capacidade do coração de bombear sangue é medida pela fração de ejeção, que, no ser humano médio, é de 50%. "Nos pacientes chagásicos submetidos ao transplante de células-tronco, esse percentual, que estava péssimo, em torno de 20%, teve uma melhora de 10%", exemplifica Santos. Os cardiologistas do Hospital Santa Izabel avaliaram a qualidade de vida de uma dezena de chagásicos por meio da aplicação de um questionário padronizado pela Universidade de Minnesota (Estados Unidos). Quanto maior a pontuação calculada a partir das respostas ao questionário, pior a qualidade de vida do indivíduo. Transcorridos seis meses do transplante, a pontuação dos dez pacientes caiu pela metade.

"São esses resultados que vamos levar para a próxima etapa do projeto, que prevê a realização do transplante de células-tronco em mais 300 chagásicos", diz Santos. O médico coordena o Instituto do Milênio de Bioengenharia Tecidual, que reúne trabalhos sobre terapias com células-tronco realizados em diferentes estados brasileiros. Na lista de enfermidades estudadas estão infarto, derrame, diabetes, doenças auto-imunes, cirrose, fibrose e epilepsia. O Instituto do Milênio recebeu do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) pouco mais de US$ 2 milhões para a realização de pesquisas por um período de três anos, prazo que esgota agora no final do ano. "Mas já está previsto um novo edital para a continuação do trabalho", comenta. O programa também recebe verbas do National Institutes of Health (NIH), vinculado ao governo americano, e, em breve, entrará em uma segunda fase com o financiamento do Ministério da Saúde.

A Forma da Célula


A forma da célula

A forma da células podem variar muito, alguns fatores importantes definem este conceito:

• Ação mecânica das células próximas – no momento em que as células estão formando tecidos, ou seja, bem próximas umas das outras, adquirem uma forma de poliedro.

• Tensão superficial – as células concentradas e solitárias apresentam uma forma esférica.

• Adaptação funcional – dependo da função da célula sua forma pode variar, ela pode adaptar a sua forma para cumprir determinadas funções.

• Viscosidade do citoplasma – a forma da célula também depende da viscosidade do citoplasma, à medida que o citoplasma for mais viscoso, a célula também será mais consistente.

Tamanho das Células

O tamanho da célula
As célula. são tão minúsculas, que é impossível serem vistas a olho nu e é por isso que sabemos que elas só foram descobertas quando foi inventado o microscópio.

Normalmente, as células dos seres vivos atingem um tamanho de 10 a 50 µm (micrômetros). As menores células já conhecidas são das bactérias que apresentam de 2 a 5 µm (micrômetros).

Algumas células podem vistas sem o uso do microscópio, como o óvulo humano, e o axônio.